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Veneno emocional

 

Mágoas, raiva. Quando guardamos sentimentos ruins, eles vão inflamando e causando uma infecção emocional. Tudo o que nos acontece, vamos absorvendo e por algum lugar tem que sair.  Aí normalmente se desenvolvem os sintomas emocionais ou físicos.            Ou seja, produzimos o nosso próprio veneno!
Apenas falar o que incomoda para desabafar não adianta. Existem pessoas que ficam falando por anos sobre o mesmo assunto, mas não o resolvem de fato. Estão apenas compartilhando sua frustração e não com a intenção de curar a ferida. Ao relembrar e falar constantemente, acabam retroalimentando e solidificando aquilo ainda mais em sua mente, além de se tornarem um fardo para os outros.

O que fazer então?

Para sarar é preciso desabafar uma última vez,  buscando a cura e de forma que não cause dano aos outros. Desabafar, com a real intenção de buscar solução e se ver livre de tais sentimentos e não simplesmente descarregar a ira ou ficar no papel de vítima.

Existem técnicas que podem ser utilizadas, como por exemplo escrever uma carta para a pessoa que te feriu, mas sem necessariamente enviá-la. Depois ler em voz alta e queimar esta carta, como um símbolo de que já não quer mais carregar este peso.
Falar com uma cadeira vazia, fazendo de conta que a pessoa está ali.
O desabafo não é para a outra pessoa, é para nós mesmos. Se depois deste desabafo simbólico ainda surja a necessidade ou a oportunidade de falar diretamente com a outra pessoa, em geral já se consegue fazê-lo sem o rancor de antes. Isso possibilita uma conversa que edifique o relacionamento e não que o destrua ainda mais. Se não estamos armados com a nossa raiva e amargura, o diálogo tende a ser bem melhor.

Caso os sentimentos ruins ainda persistam, talvez você deva considerar fazer uma psicoterapia, que é um espaço seguro onde se pode desabafar sem ser julgado.
Com as técnicas adequadas, esta carga emocional vai sendo limpa, de modo que o fato acontecido se torne apenas mais uma experiência na tua vida, mas que já não te perturba mais.

Quando nossas emoções adoecem nosso corpo

doenças psicossomáticas

Podemos adoecer fisicamente, por questões emocionais não resolvidas ou com as quais não estamos conseguindo lidar.  Sendo assim, em maior ou menor intensidade, provavelmente todos nós já somatizamos ou psicossomatizamos em algum momento.

Na somatização, apesar dos sintomas físicos, não existe uma doença orgânica. Este quadro pode se apresentar da maneira mais simples, como por exemplo uma dor de barriga antes de uma prova, dor de cabeça após uma discussão, dor nas costas após um momento tenso, etc. Mas pode também apresentar sintomas muito mais complexos, como os que aparecem no transtorno de pânico, por exemplo. Neste caso, a pessoa pode sentir taquicardia, sudorese, tremores intensos e chegar a achar que está tendo ataque cardíaco ou  que vai morrer.  No entanto, os exames clínicos não apontam nenhuma anomalia física. Normalmente esta pessoa costuma fazer uma peregrinação por médicos, pronto socorros e exames diversos, até chegar a um diagnóstico correto.

Já no caso das doenças psicossomáticas, chegam a existir alterações clínicas e laboratoriais. A doença é orgânica mas tem causas emocionais. Emoções e sentimentos nocivos e não resolvidos podem interferir no nosso sistema imunológico, prejudicando as defesas naturais do nosso corpo, permitindo o aparecimento das mais diversas doenças, tais como gastrite, psoríase, alergias, infecções, etc.

Não dá para separar o nosso corpo e nossa mente. Não existe esta dualidade, pois somos a soma de todos os nossos aspectos: físico, emocional e espiritual. A nossa mente reflete no nosso corpo e vice-versa. Quando estamos apresentando sintomas físicos recorrentes, devemos nos perguntar se há algum aspecto emocional não resolvido em nossa vida, como conflitos, perdas, falta de perdão, raiva, medo, culpa, ressentimento, insatisfação com o trabalho, casamento…   Neste sentido, o sintoma tem a função de nos alertar e mostrar  que algo não está bem ajustado. É o momento de escutarmos nosso corpo e procurarmos a real causa de nossas dores. Caso contrário, estaremos somente fazendo paliativos, sem chegar à solução.