Muitas vezes nós somos os grandes culpados por nossa saúde emocional estar debilitada. Vou citar aqui, três exemplos:
– Pensamentos recorrentes em relação ao passado. Se você fica o tempo todo se arrependendo de como agiu ou pensando no que poderia ter sido se teu passado fosse diferente, você está em uma grande armadilha emocional. Afinal, o passado você não muda mais, até porque ele não existe mais, como o nome diz, já passou. Consequentemente, não adianta ficar pensando nele, exceto para aprender com os erros e amadurecer emocionalmente a partir deles. Acolha seu passado, perdoe a si mesmo e aos outros que fizeram parte dele, aprenda o que tiver para aprender, assimile o que precisar, mas aí largue-o. Reconheça que você provavelmente fez o melhor com o arsenal emocional que você tinha na época. Se hoje você faria diferente, que bom, sinal que você amadureceu! Só volte ao passado para boas recordações ou aprendizados, mas não para remoer ou se culpar. Quando a culpa do passado insistir em voltar, policie-se e desvie-se imediatamente destes pensamentos sabotadores.
– Comparar-se aos outros. Enquanto você olha para os outros, você não desenvolve a si mesmo. A única comparação útil é com você mesmo, vendo o quanto você já evoluiu, cresceu e aprendeu ao longo dos anos. Você pode até olhar para algumas pessoas para se inspirar, motivar, pensando que se eles conseguem, você também pode conseguir. Mas você é um ser único e singular. Nem sempre o que funcionou para o outro, vai funcionar para você da mesma maneira. Valorize a tua história de vida, quem você é. Pegue o que você tem, com o seu jeito de ser, à sua maneira, para começar a conseguir o que você quer. Para isso é importante estar alinhado com teus valores, descobrir a tua missão neste mundo.
– Medo. Muitos deixam de fazer as coisas por medo de serem criticados, julgados, de não serem bons o suficiente. Medo de errar, medo de não conseguir, medo de não ser amado… Ao contrário do que muitos pensam, o medo é um mecanismo de proteção, natural ao ser humano. Não há como exclui-lo de nossas vidas, ele sempre vai nos acompanhar. No entanto nós podemos escolher se deixamos este sentimento nos dominar e nos paralisar ou se agimos apesar dele. A coragem não é a ausência de medo, mas é agir, apesar dele. Devemos acolher este medo e deixa-lo ir diminuindo aos poucos. Normalmente o primeiro passo é assustador, mas depois dele vai-se adquirindo segurança e autoconfiança e ficando cada vez mais fácil. Enquanto que se não dermos o primeiro passo, o medo dificilmente passará sozinho.